28.1.06

Doce Cupido - Paulo Roberto Gaefke




Se o espelho partiu, não era cristal,
se as palavras se perderam, não eram importantes,
se o amor acabou, não era amor, era afinidade,
talvez chama da paixão que se inflama no conhecer,
e se apaga no conhecimento.

Amor pede tempo, entrega, paciência,
conhecer e reconhecer, viver e estabelecer,
um grande amor se faz no dia a dia,
no respeito, na admiração.

Se me admira, me ama,
se reconhece qualidades em mim, me ama,
se vê possibilidades em mim, me ama,
se vê o teu futuro junto a mim, me ama,
se nos reconhecemos, nos amamos,
e se nos amamos, seguimos juntos,
não importa o peso da caminhada.

Por isso, quero ficar assim,
em silêncio ao teu lado,
descobrindo a profundeza do teu olhar,
sondando a sua alma,
vendo os reflexos do sol nos teus cabelos
e entre os meus dedos,
construir cachos e sonhos.

Sonhos que sonho acordado,
porque sou eternamente agradecido ao Cupido,
que me apresentou ao amor e ao tempo de ser feliz,
tempo esse, que foi tão doce,
e me apresentou você.


Paulo Roberto Gaefke

Foto: tirada no Sindusgesso, no dia da minha despedida... Que saudade...

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