5.12.02

Putz... eu tava procurando coisas sobre Dobbermans e acabei caindo num blog...
Olha que coisa...
"Chamem-me de sentimental ou do que quiserem. Mas hoje voltei pra casa, após minha décima quinta aula de direção, deveras incomodado. O que aconteceu deve ser explicado voltando-se 3 semanas no tempo...
Estava eu voltando, nesse dia passado, da minha terceira aula de direção. Como a auto-escola fica próxima à uma locadora, fui pegar um (ou três) filmes para me entreter pela noite que viria.
No caminho para a locadora é que está o motivo da depressão: um loja de produtos agrícolas e animais. É, todos vocês que me lêem sabem que tenho uma enorme afinidade por animais. Especialmente cães. E lá estava um filhotinho de dobberman, triste, numa gaiola pouco maior que seu tamanho. Quando o vi, logo pensei: ?Não vou brincar com ele, se não, não vou conseguir ir embora depois que tiver visto os olhos de felicidade dele.? Na ida, eu consegui. Fui e aluguei meus 3 filmes.
Na volta, porém, foi impossível: me aproximei e comecei a mexer com o filhotinho. Rapidamente, ele começou a dar voltas e minúsculos pulos de alegria, a dar mordidinhas na minha mão... essas coisas de cachorrinho novo. Fiquei com ele por uns 20 minutos. Na hora da despedida é que começou o drama: bastou eu me levantar que o pobrezinho começou a chorar e chorar... Voltei e brinquei mais um pouco com ele.
Mas eu tinha que ir embora, e sabia que quanto mais eu ficasse ali, pior seria para mim e para ele. Assim sendo, eu me despedi, dizendo que ele com certeza ia achar um dono que ia trata-lo muito bem! E saí correndo como um louco, numa cena muito estranha, certamente, para quem olhava: correndo com as mãos nos ouvidos, para não ouvir os lamentos!
Agora, vamos avançar no tempo para a tarde de hoje. Mais uma vez, eu quis pegar filmes. Eu rezei para não ver a cena mas... mas... No caminho, lá estava de novo o cachorrinho, ma MESMA gaiola, só que já estava maior... e mais triste também. Conformado, talvez. Eu parei e fiquei olhando... quase chorei. Por isso mesmo, atravessei a rua e fui para o outro lado.
Eu tenho certeza de que, se tivesse dinheiro, teria comprado o cachorrinho. Mesmo sabendo que a minha mãe ia falar muito... MUITO mesmo. Felizmente (talvez), eu não tinha. E afastei a idéia.
Desde esse horário, estou meio triste. Acho uma crueldade enorme colocar filhotes à venda em lojas, longe dos irmãos e da mãe, e ainda por cima numa gaiola em que ele mal pode se mover!
Fazia tempo que eu não atualizava a minha página com algo que aconteceu no meu dia a dia. Mas esse fato me emocionou, e acho que mereceu ser relatado.
Se esse cachorrinho ainda estiver lá quando eu for devolver meus filmes... nem sei! Fico pensando se é melhor nem olhar para o outro lado da rua. Acho que não.
Bem, talvez não adiante muito mas, se você que está lendo quer um cãozinho, compre esse! "

[O Blogo]

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