20.3.03

Fim do mundo
Jaguar, Cartunista, humorista e boêmio

O todo poderoso maluco do Bush ? perto dele Hitler parece um aprendiz ? marcou a data do começo do fim do mundo para o dia 17. Estou escrevendo esta crônica na noite de domingo, dia 16, assolado por uma sensação de total impotência, e pode parar com essa risadinha porque é uma impotência que Viagra nenhum resolve.
Nem eu, nem você, nem a ONU e nem o papa podem impedir que o maluco do Bush exploda o mundo, acolitado por pai e mãe Thomas, Colin Powell e Condolência Arroz, negros de alma branca, meia dúzia de marias-vão-com-as outras ? a península ibérica, hem, quem diria ? e mais o Blair (sempre que penso nesse cara, morro de inveja da charge do Aroeira que o compara à Mônica Levinski).
Tudo isso só para mostrar a papai e mamãe Bush que ele não é o pateta que eles e o mundo sabem que é. Se você estiver lendo esta crônica, parabéns, o mundo ainda não acabou, mas até quando? Talvez só as baratas, que vão sobreviver depois da nossa extinção, saberão a resposta. Até agora, tudo bem, pela janela vejo a lua cheia brilhando de acordo com o regulamento e não só para as baratas. Pode ser a última lua cheia que vejo antes da hecatombe anunciada.
É uma sensação esquisita achar que qualquer coisa, inclusive o chope que tomei há pouco no Cliper, pode ser a última. E o show de sábado do César Camargo Mariano e do Romero Lubambo no Mistura Fina pode ter sido o último que vi. Pelo menos, para meu consolo, foi uma maravilha. Tudo que o duo ? que é o nome do show e do CD ? toca se transforma em jazz. Se foi o último show, valeu. Em qualquer lugar do mundo, Blue Note incluído, duvido que houvesse, naquele momento, um show de jazz daquela qualidade. E em brasileiro.

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