Meu pai me chamou:
- Olha aqui Suzana, a reportagem sobre a mãe da sua amiga... Consuelo Lima...
Quando fui ver, tinha uma foto de Renata... Linda!!
Não achei a foto no jornal online...
mas aqui está a reportagem:

CRIME
Juiz inocenta acusada de matar 4 filhas e marido
07/Jun/2003


juiz Nivaldo Mulatinho disse que faltam indícios para culpar a artista plástica Consuelo Lima, acusada de envenenar toda a família em 1995

Após mais de oito anos sendo apontada como a principal suspeita de ter envenenado o marido e as quatro filhas menores de idade, a artista plástica Consuelo Valença de Lima, 39 anos, foi considerada inocente pelo juiz da Vara da Infância e da Juventude, Nivaldo Mulatinho. O magistrado alegou a falta de provas para culpá-la do crime que chocou a sociedade pernambucana em 1995.
O fato ocorreu no dia 4 de fevereiro, quando o marido de Consuelo, o engenheiro e artista plástico Aloísio de Lima Vieira, 35, e as quatro filhas do casal, Rebeca, 9, Raquel, 10, Renata, 12, e Rita Valença Vieira, 13, passaram mal após tomar café da manhã na casa em que moravam, no bairro da Iputinga. Uma das meninas morreu no mesmo dia. As outras e Aloísio morreram dias depois. A partir daí, a polícia apontou Consuelo como principal suspeita do crime, tomando como base o fato de ela ter sido a única da família a não tomar o café da manhã.
“Faltam indícios no processo de que a acusada seja realmente culpada. Por isso, ela não precisa ir ao tribunal do júri”, explicou. Entretanto, a sentença está com a promotoria, que tem um prazo até segunda-feira para recorrer. Caso não recorra, o caso estará encerrado. “O processo só será reaberto se aparecerem novas provas, mas não acredito que isso aconteça”, explicou Mulatinho.
Na mesma semana em que ocorreu o crime, a polícia constatou que o motivo das mortes foi envenenamento causado pela ingestão de cianureto de potássio. Consuelo sempre negou a autoria do crime e afirmou em depoimento que o marido já havia sugerido um suicídio coletivo, por causa da situação financeira da família.
Na sentença, Nivaldo Mulatinho não entra em detalhes sobre a autoria do crime, mas afirma que tudo levava a crer que o cianureto foi colocado na comida por Aloísio. “Ele apresentava problemas mentais e já havia tentado suicídio um ano antes do crime”, disse o juiz. O magistrado afirmou, ainda, na sentença que ao longo do processo, a acusada sofreu diversos julgamentos morais, diante de elementos que não comprovavam sua culpa.
O advogado da suspeita, Jorge Tasso, informou que Consuelo prefere não comentar a sentença. “Ela apenas disse que estava satisfeita em saber que a sociedade reconheceu sua inocência. Consuelo afirmou que prefere não falar com a imprensa, pois o assunto ainda traz muito sofrimento a ela”, acrescentou.