*Haverá um MI3... será que a comédia do 2 já não foi o bastante?
*"Formigas Nas Calças" é versão alemã de "American Pie" - nem ouvi falar desse filme ainda... mas deve ser engraçado
Agora a crítica:
O Pacto dos Lobos
CINÉMA FANTASTIQUE
Por Kleber Mendonça Filho
Há algo de desconcertante em O Pacto dos Lobos (Les Pacte des Loups, 2001), de Christophe Gans, o super remix francês de drama histórico, artes marciais, lobisomens e efeitos digitais que resulta num filme delirante sob praticamente todos os aspectos, uma aventura excessiva que exige da gerência o som mais alto possível nos cinemas que o exibem. O fator ?desconcerto? para o espectador vem do fato de estarmos diante de um filme francês aparentemente histórico que, de repente, vira Ninja.
Talvez por isso, o filme mereça uma atenção para conhecedores de cinema. A França tem uma indústria cinematográfica forte o suficiente para chamar Hollywood para uma briga de murro. Um filme como O Pacto dos Lobos me parece um frankentein de batalha, montado a partir de peças avulsas do que o cinema contemporâneo comercial tem testado e provado ser comercial. Esse frankenstein, às vezes, impressiona pelo delírio estilístico e de linguagem.
A exemplo de O Quinto Elemento (Le Cinquiéme Element), de Luc Besson, O Pacto dos Lobos tem os pés firmes no ?Cinéma Fantastique? e explora uma lenda/relato de mais de 200 anos. Na década da Revolução Francesa (1780s), criatura não totalmente identificada teria atacado, mastigado e mutilado dezenas de nobres e camponeses na região de Gévaudan.
Esse enorme e feio gráfico digital lembra um porco espinho irritado, em grande parte auxiliado pela equipe de som do filme, empenhada em transformá-lo em algo assustador. Qualquer um que passar perto de uma sala que esteja exibindo O Pacto dos Lobos poderá pensar que trata-se de uma apresentação ao vivo de Monga ? a Mulher Macaco, aquela saudosa garota de biquini que vira símia enfurecida em parques de diversão dos arrabaldes brasileiros.
Como em Tubarão (óbvia referência ao filme, embora o resultado lembre mais o australiano Razorback), Fronsac (Samuel Le Bihan), um cientista, chega de Paris para investigar os sangrentos incidentes. Seu fiel companheiro estilo Tonto (de Zorro), é um nativo-americano chamado Mani (o havaiano Mark Dacascos), que dará algumas aulas Ninja-faixa preta sobre liberdade, fraternidade e, especialmente, igualdade à parcela racista dos camponeses, que estranham a sua aparência ?vermelha?.
Gans, que já foi editor de revista especializada em filmes de terror, não tem medo de ser feliz. Ele empacota a sua obra numa estrutura épica de duas horas e quarenta minutos, realmente longa demais para uma pipoca tão grande. Seu filme francês parece filme americano, exceto pelo fato de tudo aqui estar sempre três graus e decibéis acima do que Hollywood faz normalmente.
Vejam, por exemplo, alguém simplesmente descendo de um cavalo e atolando os pés na lama da chuva. Gans transforma isso em momento épico de som e câmera lenta. Ele também nos brinda com uma corajosa e deliciosamente kitsch (na verdade, brega mesmo) homenagem às mulheres, transformando os seios de Monica Belluci (aqui como uma bruxa cortesã) em lindos picos nevados. Bellucci merece.
Uma loucura esse filme, talvez por isso, de grande interesse para espectadores interessados num cinema que, mesmo de entretenimento, é estranho e engraçado.
Filme visto no Espaço Unibanco 1, Rio de Janeiro, Outubro de 2001
[por que não publicaram isso antes de a gente ir ver???]
***
rapaz...
tou caindo de sono...
acho que vou durmir...
ja pras 20h eu acordo...
o povo saiu daqui de casa agora... ta uma tranquilidade...
eh... vou fazer isso...
acender um insenso e durmir ao som de bolero de ravel...
ja postei muito hoje...
creio q amanha nao vou postar...
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