8.4.03


"A política está tão repulsiva que vou falar de outro assunto.
Outro dia, a Adriane Galisteu deu uma entrevista dizendo que os homens não querem namorar as mulheres que são símbolos sexuais. É isto mesmo! Quem ousa namorar a Feiticeira ou a Tiazinha? As mulheres não são mais para amar, nem para se fazer sexo com elas. São para "ver".
Que nos prometem elas, com suas formas perfeitas por anabolizantes e silicones? Prometem-nos um prazer impossível, algo de metafísico, para o qual os homens não estão preparados...
O modelo da mulher de hoje, que nossas filhas almejam ser, é a prostituta transcendental, a mulher-robô, a "valentina", a "barbarela", a máquina-de-prazer sem alma, turbinas de amor com um hiperatômico prazer. Que parceiros estão sendo criados para estas pós-mulheres? Não os há. Os "malhados", os "turbinados" geralmente são bofes-gay, filhos do mesmo narcisismo de mercado que as criou. Ou, então, reprodutores "acéfalos" como o Szafir, para o Robô-Xuxa.
A atual "revolução da vulgaridade", regada a pagode, parece "libertar" as mulheres. Ilusão a toa. A "libertação da mulher" numa sociedade escravista como a nossa deu nisso: super-objetos, se pensando livres, mas aprisionadas numa exterioridade corporal que apenas esconde as pobres meninas famintas de
amor e dinheiro. São escravas aparentemente alforriadas numa grande senzala sem grades. Mas, diante delas, o homem normal tem medo. Elas são "areia
demais para qualquer caminhão".
Por outro lado, o sistema que as criou enfraquece os homens que trabalham mais e ganham menos, têm medo de perder o emprego, vivem nervosos e fragilizados com seus "piu-pius" trêmulos, decadentes, a meia-bomba, com seu desempenho duvidoso, puxando sacos, lambendo botas, engolindo sapos, sem o antigo charme "jamesbondiano" dos anos 60. Não há mais o grande "conquistador". Temos apenas os "fazendeiros de bundas" como o Luciano Huck, enquanto a maioria virou uma multidão de voyeurs, babando por impossíveis deusas da vulgaridade.
Ah, que saudades dos tempos das "bundinhas e bustos normais" e "disponíveis"... Mas ainda existem mulheres de verdade. Mulheres que sabem valorizar o que têm "dentro de casa". E, acima de tudo, mulheres com quem se possa discutir sem medo de parecer o "tio da sukita" ou "aquele cara metido a intelectual". Mulheres que sabem valorizar uma simples atitude, rara nos homens de hoje, como abrir a porta do carro para elas. Namorar escutando musiquinhas tranqüilas.
Penso que hoje, num encontro de um "Turbinado semi-gay" com uma "Saradona acéfala" o papo deve ser do tipo "meu professor falou que posso disputar o Iron Man que vou ganhar fácil. Ah querido, o meu personal trainner disse que estou com os glúteos bem em forma e que nem vou precisar de plástica". Para bom entendedor... meia né? E a música??? Se não for o "último" "sucesso (????)" dos Travessos ou Chama-Chuva ... é BONDE DO TIGRÃO!
Mulheres do meu Brasil!!! Não deixe que criem estereótipos!!! A mulher brasileira é linda por natureza!!!
E, se os seus namorados pedirem para vocês ficarem iguais a feiticeira, fiquem ... igual a Feiticeira dos antigos seriados de TV:
- Mexa o narizinho e façam-nos sumir!!! "

Arnaldo Jabor

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