17.5.03

Polícia recupera imagens de fitas
17/Mai/2003

Peritos buscam agora gravações das câmaras que monitoram a sala de controle do sistema de vigilância, para saber quem adulterou o material

RIO – Peritos do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) recuperaram ontem parte dos arquivos perdidos dos dois computadores entregues à polícia com imagens das 32 câmeras de vigilância da universidade Estácio de Sá, no Rio Comprido, Zona Norte do Rio. No entanto, a recuperação total dos dez minutos de gravação que mostram o momento em que a estudante Luciana Gonçalves de Novaes, 19 anos, foi baleada, no dia 5, só será possível quando os dois discos rígidos forem completamente analisados.
“Nós estamos recuperando as imagens das câmeras 10 e 12 que focalizam o momento do crime. Acreditamos que desse modo vamos poder identificar imediatamente o autor do disparo”, afirmou o subchefe de Polícia Civil, José Renato Torres. Ele disse que a polícia procura também pelas imagens das câmeras 1 e 14, que monitoram, respectivamente, o acesso e a sala de controle do sistema de vigilância, local onde foi feita a cópia entregue à polícia. Essas imagens, disse ele, vão mostrar quem adulterou e quem esteve na sala.
Cinco pessoas foram chamadas ontem à tarde para depor na Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), que investiga o caso. Entre elas, estava o faxineiro Jonson Vágner Fonseca, captado por uma das câmeras perto do local onde Luciana foi baleada. Segundo a polícia, ele disse que ouviu muitos tiros, mas não soube dizer de onde vieram. Nas primeiras análises das imagens, Fonseca, que carregava vassouras, chegou a ser confundido com um traficante armado.
TÉCNICOS – Os outros convocados para depor são Renato Ferreira da Silva e Valdemar Novo, ambos da Vigban, empresa responsável pela segurança do campus e operação das câmeras. Também estiveram na DRE Carlos Ferreira Duarte, gerente de tecnologia da TeleSegurança, que aluga e faz a manutenção do equipamento, e seu auxiliar, identificado apenas como Júlio César.
Segundo a polícia, todos estavam na sala de controle de câmeras da universidade no dia do crime. Silva seria o operador de plantão e teria chamado os outros três assim que a notícia dos tiros se confirmou. Duarte e Silva já haviam prestado depoimento antes e foram reconvocados. A polícia espera que eles esclareçam quem adulterou as imagens.

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