31.1.02

Camisinha na folia
Descubra como fazer da camisinha um brinquedo divertido na hora do sexo, sem quebrar o clima. E encontre o preservativo que se encaixa melhor no seu parceiro


Bárbara Semerene, do Paralela
Todo mundo sabe que ninguém é de ninguém nos quatro dias de Carnaval. A maior festa popular brasileira é justamente marcada pela suspensão de qualquer regra, exceto uma: usar camisinha. Ela é a única maneira de evitar as DSTs, Aids e gravidez indesejada -- de uma só tacada. Na melhor das hipóteses, usar camisinha afasta o gosto amargo da ressaca moral da quarta-feira de cinzas. O carioca Paulo, de 26 anos, já passou por isso. Aos 18 anos, foi pular carnaval na Bahia. "Conheci a prima de uma colega de faculdade e acabamos transando sem camisinha. Rolou mais de uma vez. A gente se envolve muito naquele clima de carnaval, fica com vontade de fazer loucura."
É difícil lembrar da camisinha no meio da folia, ainda mais porque bebe-se muito. Pesquisa da Universidade Federal de São Paulo (USP) revelou que depois de algumas doses de álcool as pessoas relaxam no uso da camisinha. Talvez por isso que as máquinas de camisinha self-service da Blausigel "Let´Sex" instaladas em vários bares, boates, bingos e restaurantes de São Paulo tiveram de ser retiradas do mercado depois de dois anos de prejuízo. Mesmo assim, os maiores fabricantes de preservativos do Brasil garantem que as vendas aumentam cerca de 25% nos meses de janeiro e fevereiro.
O jeito é fazer o possível para tornar agradável o momento de colocar a "armadura". "A camisinha pode ser transformada em um objeto sensual", garante a professora de artes sensuais Nelma Penteado. O argumento que a camisinha incomoda tornou-se furado desde que já existem no Brasil vários tipos de preservativo, com variação de textura, tamanho, cores e aromas.

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